Uma campanha para acelerar mudanças nas aquisições globais para apoiar bioeconomias da floresta Amazônica
I. Problema
A floresta amazônica atingiu um ponto crítico, representando graves riscos para os mercados agrícolas da América do Sul. Seu colapso interromperá as chuvas e a produção de alimentos, apresentando desafios significativos para a estabilidade regional, pois os padrões climáticos são diretamente influenciados pela Amazônia e certas regiões já estão enfrentando secas e falhas nas colheitas.
Causas subjacentes e oportunidades
A maior parte do desmatamento na Amazônia é causado pela exploração madeireira, pecuária, cultivo de soja e busca por oportunidades econômicas. No entanto, os solos do tipo latossolo rapidamente perdem fertilidade devido às chuvas intensas, e a expertise em sustentabilidade é escassa. Como resultado desses obstáculos e outros, a produção é baixa, a conformidade legal é proibitivamente cara, e o financiamento de transição para práticas agrícolas mais sustentáveis é difícil de conseguir . A expansão das fronteiras por meio do desmatamento continua , com processos regulatórios corruptos possibilitando situações como fraude de títulos de terra e anistias para perpetradores de desmatamento.
Enquanto os preços das commodities de gado e soja impulsionam a expansão e contração das atividades de desmatamento, novas preocupações estão surgindo. Os crescentes alertas sobre a estabilidade climática e as restrições de exportação relacionadas ao desmatamento tem feito diversos stakeholders agirem. Empreendedores de carbono e agroflorestais estão expandindo a produção, e os consumidores estão se preparando para consumir menos carne bovina amazônica não verificada e com não conformidade idada.
II. Solução
Para salvaguardar os ciclos hídricos da América do Sul, precisamos nos preparar para mudar as estratégias de aquisição corporativa para longe de cadeias de suprimentos implicadas em desmatamento e em direção a bioeconomias amazônicas que regenerem a floresta tropical.
Bioeconomias Amazônicas
O termo ‘bioeconomias amazônicas’ refere-se a setores, indústrias e commodities na região amazônica, incluindo o Brasil, que dependem da proteção e restauração da floresta tropical. Além da criação de reservas naturais, existem dois principais sistemas de produção de bioeconomia: colheita selvagem e restauração. A colheita selvagem protege as florestas e envolve a coleta de produtos florestais não madeireiros (PFNM) de florestas em pé. A prática fortalece o valor econômico das florestas. A restauração inclui agrofloresta e reflorestamento. A prática regenera terras desmatadas que são recuperadas de monoculturas sazonais, pecuária e áreas degradadas improdutivas. A agrofloresta envolve a produção de nozes e frutas. O reflorestamento envolve o plantio de árvores para regeneração de florestas nativas ou para manejo sustentável de madeira. O desenvolvimento econômico dessas atividades se divide em três categorias:
Categorias de Produção:
Commodities: Culturas como açaí, cacau e castanha-do-pará, bem como artesanatos produzidos por comunidades indígenas e outras comunidades tradicionais da Amazônia.
Novos ingredientes e soluções alimentares para consumidores: Negócios amazônicos liderando a inovação em desenvolvimento agritech, rastreamento de cadeias de suprimento, produção alternativa de proteínas, fermentação de precisão, manejo de culturas e outras formas de empreendedorismo positivo para as florestas.
Mercados de Carbono e Biodiversidade: Modelos de mercado de carbono e biodiversidade de nova geração que abordam as questões de implementação, medição e equidade dos mercados históricos.
Estratégia da Campanha
Lançar um processo para facilitar a transição das aquisições corporativas globais do desmatamento para essas bioeconomias exigirá uma estratégia coordenada envolvendo governos, cultura empresarial, filantropia, agências de certificação, ONGs, empreendedores amazônicos e povos tradicionais As seis fases a seguir descrevem alguns dos passos necessários. Algumas fases serão lançadas simultaneamente.
Fase 1: Mapeamento e Engajamento de Stakeholders – Além de mapear compradores, vendedores e marketplaces, organizar o contato com personalidadesda indústria que serão chave para operar a campanha. Eles incluem celebridades, influenciadores de mídias sociais, chefs, restaurantes, ONGs, cooperativas, tribos indígenas, agências de certificação e outros aliados.
Fase 2: Mensagens, Política e Governança – Desenvolver declarações em grupo sobre princípios e valores da campanha, incluindo compromissos com sustentabilidade, inclusão e equidade. Desenvolver mensagens e kits de mídia para elevar histórias de sucesso e melhores práticas de desenvolvimento da bioeconomia amazônica. Elaborar recomendações políticas para bioeconomia, como subsídios de preço para produtos de colheita selvagem. Desenvolver acordos de cooperação com agências certificadoras.
Fase 3: Organização de Fornecedores – Desenvolver portfólio de soluções de rastreamento de cadeias de suprimento. Lançar programa de avaliação de fontes. Inscrever agências certificadorase marketplaces. Desenvolver um portfólio de fornecedores de alta integridade.
Fase 4: Organização de Compradores – Apresentar oportunidades amazônicas para grupos de compradores. Garantir um grupo seleto de compradores que concordem em dar atenção preferencial de aquisição a fornecedores qualificados. Apresentar ofertas de rastreamento de cadeias de suprimento e oportunidades de medição de impacto.
Fase 5: Desenvolvimento de Mercado e Parcerias – Apoiar delegações amazônicas em feiras de negócios. Identificar potenciais fornecedores para dialogar com compradores e mobilizar investimento, filantropia, certificação, seguro e soluções de rastreamento necessárias para que eles assinem acordos de compra de longo prazo via o Programa de Desenvolvimento de Parcerias da AIC. Obterfinanciamento de mercado de carbono e biodiversidade.
Fase 6: Campanha Publicitária – Impulsionar o interesse do consumidor promovendo produtos e marcas amazônicas com celebridades, influenciadores de mídias sociais, chefs, restaurantes, supermercados e outros aliados nas indústrias de alimentos, cosméticos e moda.
III. Primeiros Parceiros
Amazon Investor Coalition – Aliando filantropia, investidores e compradores corporativos e orientando a estratégia em torno do desenvolvimento da bioeconomia amazônica.
Grounded – Financiando o desenvolvimento da campanha e gerenciando a estratégia de impacto em influenciadores, governo, ONGs e stakeholders filantrópicos.
re:wild – Engajando diretamente com o governo brasileiro, filantropia e comunidades de linha de frente para avançar e implementar políticas e modelos de mercado inovadores.
Support + Feed – Colaborando com influenciadores e empresas de alto nível para catalisar mudanças equitativas , como sistemas alimentares baseados em plantas
IV. Resultados Esperados
Os resultados incluem aumento da conscientização pública, colaboração internacional para apoiar a bioeconomia do Brasil, novos investimentos em indústrias positivas para as florestas, regeneração da floresta amazônica e mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
V. Riscos e Mitigação
Os riscos incluem possíveis contranarrativas, resistência de defensores do desmatamento e dificuldade em engajar parceiros sensíveis. Estratégias de mitigação serão desenvolvidas em colaboração com diversos stakeholders.
5. PT: Limited demand for Amazonian products from corporate buyers
PT: Too few long-term purchase contracts that help producers and entrepreneurs to access finance for impact business.
Delayed returns due to delayed profitability of restoration and agroforestry.
Limited research and awareness of the cornucopia of commercially viable Amazonian biodiversity.
Lack of price stability and transparency.
4. Limited connectivity between global investors and regional opportunities
International private sector investors lack access to high-potential deal flow from the Amazon.
Amazon entrepreneurs lack experience with investor communications.
Lack of trust and connective tissue between global investors and Amazon entrepreneurs / producers.
Inefficient matchmaking systems between Amazon incubator/accelerator portfolios, angel investor appetite, and ecosystem requirements.
3. Insufficient risk capital and catalytic philanthropy
Limited philanthropy and matching political will to combat illegal deforestation by enforcing the rule of law.
Insufficient catalytic capital to derisk private investment and make early projects bankable.
Incomplete project development funding to scale carbon finance systems from local levels to jurisdictions.
Lack of community wealth reciprocity to ensure that investments foster local prosperity while reducing inequality and thwarting deforestation incentives.
2. Lack of market data and coordination
Poor market data transparency for investors and offtakers (projects, products, prices, historicals).
Global finance players lack understanding of regional context, opportunities, and risk mitigation.
Knowledge silos across countries.
Limited peer-to-peer learning across the capital stack.
1. UNDERDEVELOPED MARKET INFRASTRUCTURE
Weakened investment-ready impact business pipeline and underdeveloped innovation ecosystem.
Local companies are far from markets and limited by logistical and transportation challenges.
Weak regulatory environment, insecure land rights, poor law enforcement, risks to the rule of law.
Systemic barriers for female producers and entrepreneurs.